André França aponta bons exemplos em programas de reciclagem e descarte adequado de itens pós-consumo.
O Secretário de qualidade ambiental do Ministério do Meio Ambiente, André França comentou sobre o papel da logística reversa em entrevista para o portal do Governo do Brasil (Gov.br).
Cada vez mais o governo, indústria, comércio e os cidadãos devem se preocupar com a reinserção e aproveitamento de itens pós-consumo. O objetivo é retornar tais materiais para a cadeia produtiva, agregar valor e fazendo girar o conceito da economia circular e o desenvolvimento sustentável.
Além de preservar o meio ambiente, a logística reversa, – gestão que viabiliza o reaproveitamento de resíduos e itens -, também colabora com a diminuição de materiais nos lixões e a exploração de recursos naturais, além de incrementar e a economia.
Os desafios são grandes. Por outro lado, já temos muitos dados animadores. No ano passado o Brasil reciclou 97,4% das latas de alumínio de todo o mercado, de acordo com números deste setor.
A partir do programa do Governo Federal chamado Lixão Zero, também foram registrados progressos com a logística reversa e baterias de carro, medicamentos, óleo lubrificante e eletroeletrônicos.
França destacou a importância dos processos de logística reversa para reaproveitamento e formatos de descarte final que sejam adequados ambientalmente. Além disso, comentou sobre a geração de emprego e renda, nestes projetos de sustentabilidade. Ainda é importante lembrar que este trabalho pode agregar valor para projetos e marcas, além de prever o descarte inadequado e perigoso de diversos produtos.
Com números atualizados e expressivos, França traçou um panorama da questão da logística reversa no país. Foram mais de 30 bilhões de latas recicladas, além de 45.500 toneladas de embalagens de defensivos agrícolas recolhidas só no ano de 2019.
Outros itens importantes, como pilhas e baterias, engrossaram a lista de materiais reaproveitados, somando 155 toneladas recolhidas em 2019. Já os pneus, no mesmo ano, somaram 12 milhões de unidades reaproveitadas e 420 mil toneladas encaminhadas para a reciclagem.
Além da economia circular, espera-se ampliar os cuidados com o meio ambiente e a poluição. Tanto que em 2019, anunciou França, foram quase 490 milhões de litros de óleo lubrificante encaminhados para a reciclagem. Ao voltar este produto para o mercado evita-se o risco de contaminações, uma vez que apenas um litro deste líquido é capaz de contaminar até um milhão de litros de água.
No âmbito da colaboração do cidadão, até o simples descarte de medicamentos vencidos, no local correto, também colabora com as ações em prol do meio ambiente. Para isso, desde 2020, o governo menciona a instalação de mais de 1800 postos de entrega pelo país.
A prioridade da logística reversa
De acordo com França, a logística reversa representa uma prioridade para o Ministério do Meio Ambiente. Neste contexto foram lançados novos sistemas de reaproveitamento e destinação.
Um deles, criado em 2020 foi o do setor de eletroeletrônicos, que traz o objetivo de implantar mais de 5.000 pontos de entrega voluntária em todo o Brasil. A partir deles será possível o descarte adequado, com desmontagem e reaproveitamento de materiais deste tipo, desde um fone de ouvido até uma geladeira.
Outro projeto, criado em agosto de 2019, para o recolhimento e reciclagem de baterias de chumbo, espera reaproveitar 155 mil toneladas do metal por ano. “A logística reversa permite que esse material seja recolhido e enviado para unidades especializadas, que farão a desmontagem dessa bateria e é utilizado na fabricação de novas baterias. Então, esse é um bom exemplo da logística reversa. Você evita a poluição ao mesmo tempo em que gera emprego e renda com a reciclagem, com a reutilização”, sinalizou o secretário na reportagem.
Compartilhando do mesmo compromisso, a ADS Logística Ambiental, que atua no mercado da logística reversa, defende uma ação mais prática e mais pragmática para o avanço conjunto dos conceitos de sustentabilidade. Por isso recomenda a todos:
• Separe antes de descartar, pois material descartado não é “lixo”, chega do “tudo junto e misturado”;
• Descarte de modo limpo e organizado, pois o transporte pode (e deve) ser feito com embalagens retornáveis;
• Destine conforme a melhor tecnologia, pois apesar de quase tudo poder (por exemplo) ser coprocessado existem outras formas mais inteligentes;
• Documente e mensure todas as etapas do processo, pois “só se pode melhorar o que se mede”; e
• Simplifique (principalmente) a parte burocrática da logística ambiental, pois o modelo vigente composto por notas fiscais, autorizações, manifestos, licenças, certificados etc., nos impede de chegar à segunda página!
Quer saber como inserir sua empresa na economia circular de forma sustentável, responsável e inteligente? Pense em como a logística ambiental viabiliza essa transição para o futuro, e fale conosco!
Fonte: Governo do Brasil – https://www.gov.br