Projetos de telhados e pisos solares utilizam resíduos na construção de equipamentos que geram eletricidade
Uma empresa de Budapeste, na Hungria, apresentou recentemente o primeiro projeto de pavimento solar que utiliza garrafas plásticas recicladas em sua fabricação.
Liderada por um grupo de jovens empreendedores e batizada de “Platio Solar”, a tecnologia é sugerida para ser implantada em casas e empresas. Além de gerar energia limpa, a produção deste tipo de piso aproveita resíduos em sua construção.
Para cada metro quadrado de piso são utilizadas cerca de 400 garrafas PET. O produto é comprimido em blocos parecidos com paralelepípedos, até se obter um material uniforme e antiderrapante, ainda mais resistente que o concreto. A solução ganha ainda mais viabilidade e importância, uma vez que estes produtos representam um dos tipos de plásticos mais descartados na atualidade.
A equipe do Platio Solar ainda destaca outros atrativos incorporados no projeto como a economia de espaço, já que os painéis são incorporados na construção do ambiente. Com relação ao designer, os blocos podem ser fornecidos nas cores azul, vermelho, verde e marrom. Outro ponto é baixa complexidade operacional e de manutenção, considerada ainda mais simples que a realizada nos conhecidos painéis solares.
Entre os locais indicados para a instalação do piso estão empresas, casas, calçadas e parques. Os fabricantes informam que 20 m2 de uma calçada são suficientes para cobrir o consumo de energia anual de uma casa média, assim como alimentar veículos elétricos.
A Tesla, de Elon Musk, em parceria com a SolarCity também anunciou recentemente a produção de uma telha solar, fruto de projetos iniciados no ano de 2017. Os fabricantes prometem uma verdadeira revolução no mercado da construção, uma vez que pretendem cobrar o mesmo preço de uma telha comum e ainda oferecer a durabilidade de 30 anos.
No Brasil a Eternit, especializadas em coberturas, iniciou neste ano a instalação de telhas fotovoltaicas de concreto, chamadas BIG-F10, com aprovação da CPFL Energia. A empresa anuncia a produção de 550kWh/mês a partir de 560 telhas. Após os testes, realizados em construções das cidades de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, a empresa espera expandir a linha para o mercado em geral.
A busca por soluções alternativas são exemplos de que não há mais tempo para discursos e sim para novos projetos e ações. Neste cenário, o contexto da logística ambiental reversa passa a ser obrigatório diante do crescimento da população, do consumo e da exploração dos recursos naturais. Colocar os itens pós-consumo de volta ao mercado, como as garrafas PET, já não faz mais parte de um plano alternativo e ideológico, mas sim de uma questão de responsabilidade, adequação e sobrevivência.
O recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), divulgado no último dia 9 de agosto não deixa dúvidas sobre os níveis de aquecimento global sem precedentes. A entidade, que reúne 234 cientistas de 66 países ao redor do mundo, calcula que a temperatura mundial deve se elevar em 1,5 ºC, com vários impactos. O documento, que sistematiza trabalhos científicos e tem quase mil páginas, relaciona a influência do homem diante das mudanças climáticas. Entre elas eventos extremos de seca, ondas de calor, tempestades, furacões, muitas delas sem precedentes.
Por isso, já não há mais tempo para discursos e a ADS Logística Ambiental, que desenvolve soluções efetivas, transparentes e legais, defende uma ação mais prática. Quer saber como inserir sua empresa na economia circular de forma sustentável, responsável e inteligente?
No caminho para o futuro, a logística ambiental propõe sintonia entre responsabilidade, economia e sustentabilidade
A crescente escalada do comércio e o consumo desenfreado de bens, que se tornam obsoletos da noite para o dia, levantam questionamentos importantes há tempos. O que fazer com diversos produtos após o seu consumo? Como promover o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental?
De uma forma simples a resposta passa por dois caminhos. Primeiro: reaproveitar materiais que não usaremos mais. Segundo: promover a destinação adequada aos demais itens ou partes que não atendem ao consumo primário.
Ou seja, a solução é colocar de volta à cadeia produtiva, de alguma forma, materiais ou resíduos descartados. Os exemplos olímpicos japoneses são atualíssimos. Medalhas feitas com metais recuperados do lixo eletrônico, camas dos alojamentos dos atletas confeccionadas com papelão reciclado de alta resistência.
Isso também passa por um planejamento meticuloso, por um estudo contínuo das oportunidades de reaproveitamento, recuperação, reprocessamento, e reciclagem de modo a equilibrar a necessidade da extração natural com a possibilidade da redução do desperdício até chegar na eliminação do descarte puro e simples.
As campanhas voltadas ao esclarecimento da sociedade são inúmeras, mas ao mesmo tempo insuficientes. Não adianta mais achar que “alguém defende que todos façam”, muito genérico e pouco responsivo. É hora das nossas empresas assumirem o protagonismo natural do processo e agirem de forma concreta e prática. Vamos ter, de fato, a responsabilidade pela destinação do que produzimos e distribuímos até a fase pós-consumo?
Vamos, na prática, reduzir, reutilizar, repensar, reciclar, peças, componentes, partes e acessórios? Vamos, de verdade, cuidar para que o sistema de logística reversa para itens pós-consumo tenha um sentido além da obrigação dos acordos setoriais impostos pelo governo?
Então, vamos todos aderir à economia circular! Legal, mas é só no powerpoint ou é um pensamento estratégico que começa no projeto das coisas, passa pela evolução da utilização até atingir o estágio final da reinserção do pós-consumo na cadeia produtiva, criando a tal circularidade preconizada por muitos?
Nós, da ADS Logística Ambiental, defendemos uma ação mais prática, mais pragmática:
• Separar antes de descartar, pois material descartado não é “lixo”, chega do “tudo junto e misturado”;
• Descartar de modo limpo e organizado, pois o transporte pode (e deve) ser feito com embalagens retornáveis;
• Destinar conforme a melhor tecnologia, pois apesar de quase tudo poder (por exemplo) ser coprocessado existem outras formas mais inteligentes;
• Documentar e mensurar todas as etapas do processo, pois “só se pode melhorar o que se mede”; e
• Simplificar (principalmente) a parte burocrática da logística ambiental, pois o modelo vigente composto por notas fiscais, autorizações, manifestos, licenças, certificados etc., nos impede de chegar à segunda página!
Quer saber como inserir sua empresa na economia circular de forma sustentável, responsável e inteligente? Pense em como a logística ambiental viabiliza essa transição para o futuro, e fale conosco!
Adalberto Panzan Jr., CEO da ADS Logística Ambiental
adalberto@adslogisticaambiental.com.br