Além de criar o modelo do Triple Bottom, inglês foi um dos primeiros a juntar termos até então improváveis, como “capitalismo” e “verde”
O mundo mudou bastante e de uma forma muito rápida nos últimos anos. Quem vislumbraria, antes dos anos 90, tantos conceitos de desenvolvimento sustentável? Ao menos uma pessoa: John Elkington. O consultor britânico, autor de inúmeros livros, considerado referência no segmento, se mostrou um indivíduo que está à frente do seu tempo.
Descrito como o “decano do movimento da sustentabilidade corporativa há três décadas”, sua contribuição e obras são consideradas fundamentais. Entre elas destacam-se Canibais com garfo e faca (M. Books; 1ª edição em 2011), além do conceito do Triple Bottom Line, considerado fundamental para o desenvolvimento sustentável. Muito criticado no passado, o consultor e empresário hoje vê suas ideias espalhadas pelo mundo todo.
Elkington nasceu no Reino Unido, estudou sociologia na University College London e tem 72 anos. Em 1987 fundou a SustainAbility, uma instituição voltada para a consultoria e implantação de projetos de responsabilidade social e ambiental nas empresas.
Sua postura e seus projetos ajudaram a desenhar uma atitude mais crítica dos consumidores em relação às empresas e produtos, para que ambos levassem em conta as questões relacionadas ao meio ambiente e a natureza.
Em meados dos anos 90 Elkington surpreendeu mais uma vez, apresentando o conceito Triple Bottom Line – O tripé da sustentabilidade ou expressão também conhecida como “três Ps” (do inglês: people, planet and profit – pessoas, planeta e lucro).
O Triple Bottom Line resume a ideia de sustentabilidade: atuar, produzir, vender, exercendo ética e respeito pela sociedade, pelo meio ambiente, mas sem esquecer o mercado financeiro e o desenvolvimento das sociedades. Ou seja, neste modelo necessariamente um negócio ou empresa pode se manter financeiramente viável equilibrando sua atuação com as pessoas, no viés social da ética e da justiça, mas não pode desrespeitar o meio ambiente e todas as práticas sustentáveis.
Neste âmbito, o Triple Bottom Line inclui a contribuição das empresas para gerar prosperidade econômica, além de incorporar a igualdade social e a proteção ambiental. Em algumas entrevistas o autor comentou sobre a dificuldade que encontrou no passado, pois ninguém acreditava que as empresas conseguiriam realizar uma atuação mais consciente. Tanto que foi criticado por ambientalistas por utilizar expressões como “Capitalismo Verde” porque as pessoas acreditavam que os dois termos nunca conseguiriam se integrar.
Apesar dos muitos avanços conquistados no campo da sustentabilidade, existem também muitos desafios. O próprio John Elkington apresenta uma critica, em artigo publicado na revista Época Negócios, sobre as empresas que usam a propaganda para mascarar um desempenho ambiental fraco e enganar o consumidor com anúncios mentirosos. No texto, Elkington afirma que a publicidade enganosa presta um grande desserviço à causa ambiental porque gera ceticismo nas pessoas.
Por isso cada vez mais a ADS Logística Ambiental alerta para que os conceitos de sustentabilidade não fiquem somente em discursos ou teorias, mas concentradas em ações reais. Neste cenário, de tantos anos de trabalho, são oferecidas soluções práticas para a coleta de resíduos sólidos e tecnológicos, destinação para reciclagem ou reutilização e certificação ambiental. Para não ficar somente no discurso, a ADS Logística Ambiental emite certificados individuais e auditáveis para os clientes geradores de resíduos sólidos, comprovando sua correta destinação e seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.
No caminho para o futuro, a logística ambiental propõe sintonia entre responsabilidade, economia e sustentabilidade
A crescente escalada do comércio e o consumo desenfreado de bens, que se tornam obsoletos da noite para o dia, levantam questionamentos importantes há tempos. O que fazer com diversos produtos após o seu consumo? Como promover o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental?
De uma forma simples a resposta passa por dois caminhos. Primeiro: reaproveitar materiais que não usaremos mais. Segundo: promover a destinação adequada aos demais itens ou partes que não atendem ao consumo primário.
Ou seja, a solução é colocar de volta à cadeia produtiva, de alguma forma, materiais ou resíduos descartados. Os exemplos olímpicos japoneses são atualíssimos. Medalhas feitas com metais recuperados do lixo eletrônico, camas dos alojamentos dos atletas confeccionadas com papelão reciclado de alta resistência.
Isso também passa por um planejamento meticuloso, por um estudo contínuo das oportunidades de reaproveitamento, recuperação, reprocessamento, e reciclagem de modo a equilibrar a necessidade da extração natural com a possibilidade da redução do desperdício até chegar na eliminação do descarte puro e simples.
As campanhas voltadas ao esclarecimento da sociedade são inúmeras, mas ao mesmo tempo insuficientes. Não adianta mais achar que “alguém defende que todos façam”, muito genérico e pouco responsivo. É hora das nossas empresas assumirem o protagonismo natural do processo e agirem de forma concreta e prática. Vamos ter, de fato, a responsabilidade pela destinação do que produzimos e distribuímos até a fase pós-consumo?
Vamos, na prática, reduzir, reutilizar, repensar, reciclar, peças, componentes, partes e acessórios? Vamos, de verdade, cuidar para que o sistema de logística reversa para itens pós-consumo tenha um sentido além da obrigação dos acordos setoriais impostos pelo governo?
Então, vamos todos aderir à economia circular! Legal, mas é só no powerpoint ou é um pensamento estratégico que começa no projeto das coisas, passa pela evolução da utilização até atingir o estágio final da reinserção do pós-consumo na cadeia produtiva, criando a tal circularidade preconizada por muitos?
Nós, da ADS Logística Ambiental, defendemos uma ação mais prática, mais pragmática:
• Separar antes de descartar, pois material descartado não é “lixo”, chega do “tudo junto e misturado”;
• Descartar de modo limpo e organizado, pois o transporte pode (e deve) ser feito com embalagens retornáveis;
• Destinar conforme a melhor tecnologia, pois apesar de quase tudo poder (por exemplo) ser coprocessado existem outras formas mais inteligentes;
• Documentar e mensurar todas as etapas do processo, pois “só se pode melhorar o que se mede”; e
• Simplificar (principalmente) a parte burocrática da logística ambiental, pois o modelo vigente composto por notas fiscais, autorizações, manifestos, licenças, certificados etc., nos impede de chegar à segunda página!
Quer saber como inserir sua empresa na economia circular de forma sustentável, responsável e inteligente? Pense em como a logística ambiental viabiliza essa transição para o futuro, e fale conosco!
Adalberto Panzan Jr., CEO da ADS Logística Ambiental
adalberto@adslogisticaambiental.com.br