Logística reversa viabiliza a economia em modelos sustentáveis de negócios
Em nossa sociedade atual uma empresa de sucesso deve sempre levar em conta alguns fatores. Entre eles estão o seu relacionamento com o planeta e o meio ambiente, com as pessoas e também com a economia.
Além do ideal ambiental, tão importante e enraizado em nossos dias, o conceito de sustentabilidade se interliga também com as questões relacionadas ao lucro, produção e ao reaproveitamento.
Nesse cenário, no braço monetário da economia circular, viabilizado em processos de logística reversa, existe recuperação de valores no descarte de itens pós-consumo? A resposta é: sim!
A começar pelos valores que inicialmente parecem não ser monetários, – mas que podem representar ganhos até maiores que os advindos do papel moeda -, podemos citar a imagem de uma empresa.
Para um fabricante, pode parecer que os consumidores só vejam seus produtos, sem se preocuparem com a postura e a atitude empresarial. Porém, 82% dos brasileiros consideram a sustentabilidade um tema importante e 62% prefere pagar mais caro por um item que agrida menos o meio ambiente.
Os dados são da Opinion Box, uma plataforma de pesquisa de mercado que entrevistou mais de 2.200 pessoas em junho de 2021. No mesmo levantamento, 81% das pessoas menciona que sente maior prazer em comprar produtos sustentáveis.
A postura e atitude de uma empresa, diante da sociedade e do mundo, podem influenciar os negócios, ainda que não se relacione diretamente com os bens que produz. Nesse ponto, como mostra a pesquisa, fica fácil perceber que uma boa imagem agrega valor e consequentemente irá trazer lucro.
Além disso, o próprio conceito de economia circular envolve o reaproveitamento, ou seja, redução de custos na compra de matérias-primas, no armazenamento ou transporte. Muitas vezes também colabora com a otimização de tempo e as etapas de trabalho. Reaproveitar também significa conquistar mais receita e assim ter mais capital para investir.
Como mencionado, a natureza da operação da logística reversa tem o objetivo de reutilizar itens pós-consumo e reinseri-los na cadeia produtiva. Dessa forma, partes desses produtos também podem ser comercializadas.
No âmbito do descarte de resíduos existe também a possibilidade da chamada recuperação fiscal. Seu objetivo é deduzir tributos em função da realização de um descarte adequado.
A operação deve ser realizada por meio de uma empresa de logística reversa autorizada, que irá proceder com as operações necessárias para emissão de um laudo. De posse desse documento é requerida a dedução fiscal, que consiste na recuperação de parte dos impostos pagos sobre o material descartado como resíduo.
No mundo atual fica claro que qualquer relacionamento comercial deve satisfazer empresas, clientes, fornecedores, governo e toda a sociedade. Portanto cada braço da cadeia de produção e de reaproveitamento é permeado por fatores econômicos.
Na cadeia logística reversa, o pilar da economia, – que pode ser entendido de diversas formas (lucro, imagem, financeiro, dedução de impostos, meio ambiente, logístico) -, representa um importante elo do modelo de trabalho moderno.
Dessa forma, o fluxo financeiro representa a motivação e o interesse que viabiliza um novo valor agregado aos produtos. Como parte do processo, o lado econômico traz o equilíbrio entre preservação do meio ambiente, respeito às pessoas, ao mesmo tempo em que visa o lucro e a sustentabilidade.
Por muito tempo as pessoas achavam que os termos “capitalismo” e “verde” jamais conseguiriam se integrar. A história é descrita por John Elkington, consultor britânico referência no segmento da sustentabilidade. Porém, cada vez mais o modelo Triple Bottom Line torna-se real e necessário, permitindo que empresas mantenham-se financeiramente viáveis, equilibrando sua atuação com lucro, respeitando pessoas, sociedade e o meio ambiente.
Muitos resíduos podem e devem retornar à cadeia produtiva em nome da economia circular e os benefícios para empresas, sociedade e meio ambiente
Na medida em que a civilização se desenvolveu, a partir de avanços e descobertas, novos materiais e usos foram sendo incorporados ao cotidiano dos indivíduos e consequentemente, de alguma forma, devolvidos em forma de lixo na natureza.
Assim como foram criados diversos produtos, surgiu também a necessidade de se pensar em seu descarte. Foi-se o tempo em que as casas e até empresas tinham apenas uma lata, geralmente em metal, escrita “Lixo” e ali eram jogadas todas as coisas que as pessoas não queriam mais ver.
Mas afinal, o que pode ser considerado lixo? Na sociedade atual a questão é de grande relevância e, como iremos perceber, a questão envolve a natureza, o setor econômico, o meio ambiente, empresas e todos os cidadãos.
O termo “lixo” é a derivação de uma palavra latina (lix) que significa cinza, geralmente relacionada às cinzas dos fogões. Ou seja, o termo pode ser definido pelos restos das atividades humanas, consideradas pelos seus geradores como coisas inúteis, indesejáveis ou descartáveis.
Historicamente, no consenso geral das pessoas, o lixo era entendido como algo sujo, que deveria ser jogado para fora das casas. Porém, no âmbito técnico, aquilo que precisa ser descartado também pode ser tratado pelo termo resíduo ou rejeito. A diferença entre eles se dá por seu aproveitamento e a sua destinação.
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) resíduo é todo o material, substância, objeto ou bem que já foi descartado, mas que ainda comporta alguma possibilidade de uso.
Seu retorno ao mercado ocorre por meio da logística reversa, reaproveitamento ou de processamento industrial. Os materiais mais comuns encontrados em resíduos são compostos por metal, plástico, vidro, entre outros.
Ainda é importante ressaltar que a PNRS estabelece a logística reversa como um dos instrumentos para implementar a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos que utilizamos.
Dessa forma, pela Lei Federal nº 12.305/2010 e por meio de acordos setoriais, os fabricantes devem se responsabilizar pelo retorno dos materiais que colocam no mercado, assistidos pela colaboração do Poder Público e de toda a sociedade.
Entre os produtos e resíduos compreendidos por essa obrigatoriedade estão: os agrotóxicos, seus resíduos e embalagens; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; produtos eletroeletrônicos e seus componentes; além de medicamentos e suas embalagens.
Já no caso dos rejeitos, estamos falando de materiais que não podem mais ser reaproveitados ou que não possuem uma solução economicamente viável para retornar ao mercado. Como exemplo estão o lixo de banheiro, guardanapos de papel, entre outros, que devem ser descartados adequadamente.
De forma geral, o lixo nacional contém muito mais resíduos do que rejeitos, fator que reforça cada vez mais a necessidade das empresas e da sociedade a repensarem a maneira que consomem e principalmente a forma como descartam seus materiais.
Tal é a importâncias dos resíduos, que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou a ABNT NBR 10004, a norma que tem o objetivo de regulamentar e definir estes materiais.
Entre muitos artigos, a ABNT classifica os resíduos conforme a sua atividade e os define como resíduos nos estados sólido e semissólido, resultante de atividades de origem doméstica, industrial, comercial, hospitalar, agrícola, de serviços e de varrição.
Além disso, existem muitos outros desdobramentos da NBR 10004, que regulamentam resíduos líquidos, gases, e os classificam ainda em periculosidade, toxicidade, definindo até os métodos utilizados para seus ensaios.
No caso da destinação de rejeitos, também deve existir a preocupação para a sua destinação adequada, seja em aterro sanitário, aterro controlado, lixão ou em outros locais.
A gestão de resíduos consiste em um processo específico, a ser realizado por empresa especializada, que saiba lidar com tais materiais com segurança e profissionalismo, e que seja capaz de emitir os certificados propostos pela Lei.
O processo de logística ambiental inclui embalagens específicas, equipamentos e operações auditáveis, com rastreabilidade. Este modelo de trabalho contribui para a implantação da economia circular e o compliance ambiental.
Um segmento completa o outro, tendo em comum a urgência de ações
O que a logística ambiental tem a ver com a segurança do trabalho? Muita coisa! A começar pela importância de cada segmento, ambos se devolveram e foram aperfeiçoados com o passar dos anos e os dois estão voltados para garantir a melhoria da vida (nas empresas e nas cidades) e do ambiente (de trabalho, da economia e do planeta).
Ainda na justificativa da importância, a logística ambiental promove a reintrodução de itens pós-consumo na cadeia produtiva e economia circular. Dessa forma aproveitam-se melhor os recursos, diminuindo a exploração da natureza, assim como o volume crescente em aterros sanitários. Quando não é possível utilizar algum item ou resíduo, promove-se então o descarte adequado para este material. Entre as várias etapas desses processos um dos procedimentos é justamente a segurança no trabalho e a diminuição de riscos.
E por que a segurança no trabalho também é importante e se conecta diretamente com a logística ambiental? Porque falamos em cuidados necessários para a vida e o ambiente em que vivemos. Para se ter uma ideia, o número de acidentes e afastamentos de trabalho no Brasil é considerado alto, sem falar nas subnotificações. Entre 2012 a 2020 foram registradas 54.171 ocorrências somente na profissão dos coletores de lixo, de acordo com dados da SmartLab, em iniciativa conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Este é somente o exemplo de uma área, que ilustra a importância de se garantir a segurança nos postos de trabalho. Os processos de logística ambiental, quando realizados de forma profissional e consciente, colaboram muito para diminuir todos os riscos possíveis.
Em tempos de economia circular é relevante perceber como as duas áreas se encadeiam e se complementam. Por exemplo, ao implantar um plano de gerenciamento de resíduos sólidos, novos procedimentos são adotados e uma nova consciência se anuncia nas empresas. Cada etapa é planejada e executada por profissionais habilitados, que levam em conta equipamentos e segurança nas operações, promovendo a redução de riscos operacionais, comportamentais e ambientais.
As normas de segurança do trabalho e a utilização de EPIs, equipamentos que são utilizados nos processos de logística reversa, fazem parte da mesma cadeia. Após o uso, estes mesmos equipamentos de proteção despontam nos processos de geração e descarte, como itens pós-consumo, com a destinação final adequada, garantida e documentada.
A gestão dos resíduos sólidos tem em suas primeiras etapas a verificação e planejamento das embalagens adequadas para o descarte, manuseio e transporte de cada tipo de resíduo. Este processo garante a segurança do trabalho, na medida em que elimina o manejo inapropriado de itens pós-consumo.
O plano de segurança laboral também se estende para a esfera da saúde mental. Dessa forma se volta para o engajamento dos colaboradores nas iniciativas da empresa, nas tarefas desenvolvidas e na redução do estresse de trabalho. Nos princípios da logística reversa o programa de incentivo ao reúso, à redução e a reciclagem, pode indicar o início de uma vida mais consciente, econômica e sempre em segurança.
Em comum uma exigência fundamental tanto para a logística ambiental como para a segurança do trabalho: o tempo. Ambos são urgentes e necessários. Quando falamos em ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), sob o lema de que o setor privado torna-se essencial para o desenvolvimento, fica claro e imperativo o papel das duas áreas para o agora. Por isso, além de teorias e postagens é preciso implantar estratégias hoje, para sempre cuidar do nosso tempo.
Logística reversa é a ferramenta ideal para reinserir produtos na cadeia produtiva
Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) já apontava em 2019, que mais de 76% das indústrias desenvolviam iniciativas de economia circular. O dado mais curioso foi que 70% delas nem sabiam o que isso significava, atuando em modelo intuitivo de trabalho. E você? Já ouviu falar do conceito de economia circular?
De forma geral a economia circular é o processo que visa aprimorar o uso de recursos naturais com a utilização de novos modelos de negócios associados, ao desenvolvimento econômico e a sustentabilidade. Dessa forma, as estratégias de trabalho das empresas visam menor exploração de matérias-primas e utilização de produtos recicláveis, que retornam para a cadeira produtiva.
A referência ao formato “circular” exemplifica a diferença entre o modelo de trabalho da economia linear, na qual os recursos caminham em linha até seu fim. Ou seja, segue um percurso de ida, mas não volta para o ciclo produtivo, atravessando etapas como extração, produção e descarte.
Muitas empresas que se engajaram no movimento da economia circular tiveram que alterar toda a sua forma de produzir, inaugurando uma nova cultura para a utilização sustentável dos recursos naturais. Dessa forma foram anunciados novos fluxos de trabalho, cargos e estratégias para lucrar, renovar e conservar ao mesmo tempo.
A mesma pesquisa da CNI apontou que 56,5% das indústrias otimizaram seus processos de fabricação e 37,1% aperfeiçoaram a utilização de seus insumos circulares. Outro dado importante é que 24,1% delas colocou em prática a recuperação de recursos.
Neste contexto do reaproveitamento, os processos de logística reversa se desdobram em vários direcionamentos (operação, destinação, gestão, certificação, compliance). Por isso são considerados valiosos instrumentos, que viabilizam importantes etapas que resultam no conceito da economia circular, entre outras práticas.
Bons exemplos de atuação, que utilizam a economia circular, não faltam no Brasil. A começar pelo Boticário, empresa do setor de beleza, o conceito da sustentabilidade envolve muitos departamentos e processos de produção. Somente para as embalagens, foi desenvolvido o conceito de Ecodesign, apoiado em quatro pilares principais: redução dos resíduos, processos sustentáveis, transporte sustentável e materiais sustentáveis.
Na prática, o Boticário passou a usar somente um material para a produção da embalagem (todos reaproveitáveis), visando os processos de reciclagem mecânica. Nos produtos que não utilizam apenas um tipo de material em seu invólucro, a empresa optou por um sistema de fácil desmontagem. O objetivo é facilitar a separação desses itens na etapa do descarte.
A própria BMW, automobilística alemã, já avisou que no de 2040 deve lançar o i Vision Circular, um novo carro elétrico, 100% reciclável e construído somente com materiais sustentáveis. A empresa anunciou que o projeto leva em conta princípios como repensar, reduzir, reusar e reciclar.
Até mesmo ações mais simples tem pontuado o cenário nacional. Como desconto ou benefícios pela opção de pagamento via conta digital em substituição ao papel. A Vivo lançou em junho deste ano um programa que visa coletar, recondicionar e reciclar modens e decodificadores de banda larga e TV. A expectativa é recondicionar, até o final do ano, cerca de 1,5 milhão de equipamentos.
Mesmo as indústrias de cimento, consideradas grandes poluidoras, se voltaram para novas iniciativas, que buscam reduzir impactos ambientais. Para isso têm adicionado resíduos de outras companhias ao material que alimenta seus fornos de produção.
São muitas ações e programas voltados para o desenvolvimento sustentável. Vivemos em uma grande vitrine globalizada, na qual é possível enxergar a relação das empresas com o meio ambiente e a transparência de suas ações. Neste contexto, não importa apenas o produto e serviço, mas também o formato de trabalho que os conceberam.
Quer saber como inserir sua empresa na economia circular de forma sustentável, responsável e inteligente? A ADS Logística Ambiental é uma empresa especializada em oferecer soluções práticas, confiáveis e profissionais. Pense em como a logística ambiental viabiliza essa transição para o futuro, e fale conosco!
André França aponta bons exemplos em programas de reciclagem e descarte adequado de itens pós-consumo.
O Secretário de qualidade ambiental do Ministério do Meio Ambiente, André França comentou sobre o papel da logística reversa em entrevista para o portal do Governo do Brasil (Gov.br).
Cada vez mais o governo, indústria, comércio e os cidadãos devem se preocupar com a reinserção e aproveitamento de itens pós-consumo. O objetivo é retornar tais materiais para a cadeia produtiva, agregar valor e fazendo girar o conceito da economia circular e o desenvolvimento sustentável.
Além de preservar o meio ambiente, a logística reversa, – gestão que viabiliza o reaproveitamento de resíduos e itens -, também colabora com a diminuição de materiais nos lixões e a exploração de recursos naturais, além de incrementar e a economia.
Os desafios são grandes. Por outro lado, já temos muitos dados animadores. No ano passado o Brasil reciclou 97,4% das latas de alumínio de todo o mercado, de acordo com números deste setor.
A partir do programa do Governo Federal chamado Lixão Zero, também foram registrados progressos com a logística reversa e baterias de carro, medicamentos, óleo lubrificante e eletroeletrônicos.
França destacou a importância dos processos de logística reversa para reaproveitamento e formatos de descarte final que sejam adequados ambientalmente. Além disso, comentou sobre a geração de emprego e renda, nestes projetos de sustentabilidade. Ainda é importante lembrar que este trabalho pode agregar valor para projetos e marcas, além de prever o descarte inadequado e perigoso de diversos produtos.
Com números atualizados e expressivos, França traçou um panorama da questão da logística reversa no país. Foram mais de 30 bilhões de latas recicladas, além de 45.500 toneladas de embalagens de defensivos agrícolas recolhidas só no ano de 2019.
Outros itens importantes, como pilhas e baterias, engrossaram a lista de materiais reaproveitados, somando 155 toneladas recolhidas em 2019. Já os pneus, no mesmo ano, somaram 12 milhões de unidades reaproveitadas e 420 mil toneladas encaminhadas para a reciclagem.
Além da economia circular, espera-se ampliar os cuidados com o meio ambiente e a poluição. Tanto que em 2019, anunciou França, foram quase 490 milhões de litros de óleo lubrificante encaminhados para a reciclagem. Ao voltar este produto para o mercado evita-se o risco de contaminações, uma vez que apenas um litro deste líquido é capaz de contaminar até um milhão de litros de água.
No âmbito da colaboração do cidadão, até o simples descarte de medicamentos vencidos, no local correto, também colabora com as ações em prol do meio ambiente. Para isso, desde 2020, o governo menciona a instalação de mais de 1800 postos de entrega pelo país.
A prioridade da logística reversa
De acordo com França, a logística reversa representa uma prioridade para o Ministério do Meio Ambiente. Neste contexto foram lançados novos sistemas de reaproveitamento e destinação.
Um deles, criado em 2020 foi o do setor de eletroeletrônicos, que traz o objetivo de implantar mais de 5.000 pontos de entrega voluntária em todo o Brasil. A partir deles será possível o descarte adequado, com desmontagem e reaproveitamento de materiais deste tipo, desde um fone de ouvido até uma geladeira.
Outro projeto, criado em agosto de 2019, para o recolhimento e reciclagem de baterias de chumbo, espera reaproveitar 155 mil toneladas do metal por ano. “A logística reversa permite que esse material seja recolhido e enviado para unidades especializadas, que farão a desmontagem dessa bateria e é utilizado na fabricação de novas baterias. Então, esse é um bom exemplo da logística reversa. Você evita a poluição ao mesmo tempo em que gera emprego e renda com a reciclagem, com a reutilização”, sinalizou o secretário na reportagem.
Compartilhando do mesmo compromisso, a ADS Logística Ambiental, que atua no mercado da logística reversa, defende uma ação mais prática e mais pragmática para o avanço conjunto dos conceitos de sustentabilidade. Por isso recomenda a todos:
• Separe antes de descartar, pois material descartado não é “lixo”, chega do “tudo junto e misturado”;
• Descarte de modo limpo e organizado, pois o transporte pode (e deve) ser feito com embalagens retornáveis;
• Destine conforme a melhor tecnologia, pois apesar de quase tudo poder (por exemplo) ser coprocessado existem outras formas mais inteligentes;
• Documente e mensure todas as etapas do processo, pois “só se pode melhorar o que se mede”; e
• Simplifique (principalmente) a parte burocrática da logística ambiental, pois o modelo vigente composto por notas fiscais, autorizações, manifestos, licenças, certificados etc., nos impede de chegar à segunda página!
Quer saber como inserir sua empresa na economia circular de forma sustentável, responsável e inteligente? Pense em como a logística ambiental viabiliza essa transição para o futuro, e fale conosco!
Fonte: Governo do Brasil – https://www.gov.br
Em agosto deste ano a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) completou 11 anos. Mas qual é o balanço que podemos fazer, se ainda figuramos nas listas mundiais entre os maiores produtores de lixo, plásticos e eletrônicos? Qual é o caminho a seguir e o que esperar de um futuro que não pode esperar?
Desde que foi criada, a PNRS trouxe um conceito aparentemente simples: reduzir a quantidade de resíduos sólidos e promover a reciclagem e reutilização desses itens. No caso de ser impossível reinserir alguns materiais, após seu consumo, na cadeia produtiva, será preciso então realizar uma destinação ambientalmente adequada.
Para cumprir esta determinação foram criadas diversas diretrizes, que muitas vezes esbarram em questões sociais, políticas e de variados interesses. A lei também estipula que a responsabilidade pela destinação dos resíduos sólidos deve ser compartilhada pela indústria, comércio, governo, consumidores.
Aos poucos o tema vem avançado, sobretudo com a criação de acordos setoriais. Trata-se de documentos assinados pela indústria, importadores, comerciantes, governo, em torno de processos de descarte e sistemas mais sustentáveis, implantados em processos de gestão de logística reversa. Ou seja, percorrer o caminho contrário ao nascimento de um produto e tentar reaproveita-lo em algum momento, em alguma fase da chamada economia circular.
A aplicação de ferramentas de logística reversa ainda encontram desafios, como a contratação de empresas que estejam devidamente habilitadas a executar todo o ciclo desse tipo de logística. Além disso, a aplicabilidade das leis, como a sinalização da PNRS, adequação de contratos, fornecimento de produtos e serviços também são apontados como pontos de atenção e entrave, na busca de modelos de trabalho sustentáveis com os resíduos sólidos.
Mas o que são resíduos sólidos?
De acordo com o PNRS a classificação de resíduos pode ser feita em grupos que levam em conta o local ou atividade na qual foram gerados:
Resíduos Sólidos Urbanos: divididos em materiais recicláveis (metais, aço, papel, plástico, vidro, etc.) e matéria orgânica.
Resíduos da Construção Civil: gerados nas construções, reformas, reparos e demolições, bem como na preparação de terrenos para obras.
Resíduos com Logística Reversa Obrigatória: pilhas e baterias; pneus; lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; produtos eletroeletrônicos e seus componentes; entre outros a serem incluídos.
Resíduos Industriais: originados nos processos produtivos e instalações industriais; normalmente, grande parte são resíduos de alta periculosidade.
Resíduos Sólidos do Transporte Aéreo e Aquaviário: gerados pelos serviços de transportes, de naturezas diversas, como ferragens, resíduos de cozinha, material de escritório, lâmpadas, pilhas, etc.
Resíduos Sólidos do Transporte Rodoviário e Ferroviário: surgem pelos serviços de transportes, acrescidos de resíduos sépticos que podem conter organismos patogênicos.
Resíduos de Serviços de Saúde: originados em qualquer serviço de saúde
Resíduos Sólidos de Mineração: gerados em qualquer atividade de mineração
Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris (orgânicos e inorgânicos): dejetos da criação de animais; resíduos associados a culturas da agroindústria, bem como da silvicultura; embalagens de agrotóxicos, fertilizantes e insumos.
E quanto geramos de lixo?
Dados do The Global E-Waste Monitor 2020 apontam que o Brasil acumulou no ano de 2019, cerca de 2.143 toneladas de lixo eletrônico. Os números colocam o país como o quinto maior gerador desse tipo de material no mundo, perdendo apenas para a China, EUA, Índia e Japão.
Mas o que diz a lei?
A Lei Federal nº 12.305/2010 menciona, por exemplo, (artigo 9º.) que a gestão e o gerenciamento de resíduos sólidos, devem observar uma ordem de prioridade. Significa que desde o início de sua fabricação, ciclo produtivo e descarte, poder público e privado devem observar algumas etapas, com a prioridade descrita a seguir:
– Não geração (buscar sempre a não geração de resíduos).
– Redução (gerar o mínimo possível).
– Reutilização (reaproveitar materiais).
– Reciclar (usar novamente partes ou produtos na cadeia produtiva).
– Tratamento de resíduos sólidos (preparar os materiais para seu descarte).
– Disposição final (descarte ambiental adequado, caso não possa reaproveitar).
Ainda no âmbito legal, penalizações podem ser aplicadas pelo não cumprimento da lei, incluindo multas e prisões. Nestes casos, empresas, indústrias e até as tratadoras dos resíduos sólidos são passíveis de autuação, que podem atingir milhões de reais.
Desafios na implantação da PNRS
Mesmo considerada um marco para o caminho sustentável do país, a partir de avanços, como o conceito da responsabilidade partilhada, os desafios para a implantação e prática da lei são grandes. A lista começa pela insuficiência de estrutura no gerenciamento de resíduos, por parte de cooperativas, passa por dificuldades logísticas, conflitos legais em diferentes locais e jurisdições, entre outros problemas.
A execução da Política Nacional de Resíduos Sólidos é uma questão desafiadora que engloba diversas variáveis. Uma delas é seu caráter amplo e indicativo, que sugere a elaboração de “planos de resíduos sólidos” diferentes. Ou seja, existe a menção a um objetivo comum, mas diferentes caminhos para alcança-lo. Dessa forma cada esfera pública apresenta o seu próprio plano de resíduos sólidos, que podem ser estaduais, intermunicipais, regionais e acabam por influenciar o local de abrangência. Cada plano define as suas regras e metas, tendo como bússola a PNRS que é instituída pela lei federal 12305, de 02 de agosto de 2010.
Como a PNRS prevê um sistema de responsabilidade compartilhada, algumas indústrias se reúnem e apresentam planos de acordos setoriais para o governo. A partir desses documentos são estabelecidas regras que visam atender a lei e minimizar ou compensar parte da sua produção. Nesses casos o papel da logística reversa torna-se fundamental, no sentido de devolver para a cadeia produtiva e economia circular, resíduos ou produtos que não servem mais, além do gerenciamento adequado dos descartes.
Como exemplo, foi assinado em 2019 um acordo setorial entre o governo e representantes da indústria de eletroeletrônicos. Conforme o documento, a meta é realizar, em cinco anos, a coleta e destinação adequada de 17% do lixo eletrônico produzido anualmente no Brasil. Além disso, o acordo propõe a criação de 5.000 pontos de coleta em 400 municípios. Para se ter uma ideia do volume desse material, somente em 2019, foram recolhidas 384,5 toneladas de eletroeletrônicos e 258 novos pontos de coleta foram instalados.
Em outro caso, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), apresentou, em outubro de 2018, um regulamento que exige a comprovação de um sistema de logística reversa para empresas que pretendem obter a licença ambiental. Dessa forma, os interessados por esta documentação precisam apresentar um planejamento para a coleta e destinação adequada dos seus resíduos.
Cada vez mais são esperados novos acordos setoriais e mobilização de governos, setor privado e toda a sociedade. Neste cenário, os processos de logística reversa destacam-se como importante instrumento de gestão e adequação aos novos modelos de trabalho. O reaproveitamento de itens após o consumo colabora com o meio ambiente, diminui a quantidade de lixo e lixões e ainda incrementa a economia circular. Outro ponto importante é que tais práticas geram valor agregado para as próprias empresas e a sociedade.
A seguir, listamos os 15 objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Caso tenha dúvidas ou ainda não possua um planejamento de logística reversa, fale com ADS Logística Ambiental.
- Proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;
- Não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;
- Estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços;
- Adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais;
- Redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;
- Incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados;
- Gestão integrada de resíduos sólidos;
- Articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos;
- Capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;
- Regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, observada a Lei nº 11.445, de 2007;
- Prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para:
- produtos reciclados e recicláveis;
- bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis;
- Integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
- Estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto;
- Incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento energético;
- Estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.
Empresa reinseriu 6.351 toneladas de metais na cadeia produtiva através da logística reversa
No final do mês de agosto, a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) anunciou que seu programa de logística reversa se traduziu em R$34 milhões no ano de 2020. O reaproveitamento de materiais e a contenção de gastos fazem parte do Plano Estratégico de Sustentabilidade da empresa (2020-2024), que pretende integrar seus mais de 13 mil funcionários e investimentos na ordem de R$1,8 bilhão. O objetivo é promover energia sustentável, soluções inteligentes e valor compartilhado com a sociedade.
Entre as ações que estão sendo realizadas, só no ano de 2020, a empresa reformou 9.807 transformadores, como os que as que a empresa instala em postes nas ruas e que tem a duração média de 20 anos. A reforma de equipamentos (transformadores, reguladores de tensão, religadores) resultou em 6.351 toneladas de alumínio, cobre e ferro enviados para a cadeia reversa, além de gerar 128 vagas de emprego direto. Para isso, inaugurou no ano passado uma nova unidade de cadeia reversa, na cidade de Santa Maria (RS), além de manter em operação a oficina reformadora de São Paulo (SP).
Também no ano passado foram realizadas medidas de neutralização e compensação de emissões de GEE, por meio de créditos de carbono e selos de energia renovável. No total, 13 projetos foram cadastrados, com potencial para gerar mais de 1,5 milhão de créditos de carbono/ano, além de outros três projetos cadastrados para a comercialização de selos de energia renovável, com potencial para gerar 420 mil RECs/ano.
Para o futuro, a aposta da companhia é atingir 8.000 toneladas por ano em materiais recicláveis e processos de logística reversa. Em sua análise sobre o setor elétrico a CPFL aponta algumas tendências para o futuro. Entre elas estão: a transição dos serviços para a utilização de uma matriz de baixo carbono; as mudanças no perfil e hábito dos clientes, além da incorporação crescente de tecnologia e digitalização.
Em seu planejamento de sustentabilidade, a CPFL pretende impulsionar um modelo de transição incorporando cada vez mais formatos sustentáveis e inteligentes na produção e no consumo de energia. A aposta visa maximizar os impactos positivos da empresa na comunidade e na cadeia de valor.
A premissa de alcançar a menor pegada ambiental possível trouxe oportunidades voltadas à economia circular e a logística reversa de materiais e resíduos de operação. Atualmente a companhia volta-se cada vez mais para evitar, minimizar ou compensar os impactos que realiza, como os processos reversos de aproveitamento e reforma de seus transformadores e distribuidores.
O plano de Sustentabilidade da CPFL engloba 15 compromissos públicos, divididos em três eixos, descritos a seguir:
Energias sustentáveis: Buscar a menor pegada ambiental possível.
1 Manter ao menos 95% de fontes renováveis em nosso portfólio de geração até 2024.
2 Reduzir em 10% nossa intensidade de carbono até 2024.
3 Publicar as ações da CPFL Energia para a adaptação às mudanças climáticas.
4 Reformar pelo menos 40 mil equipamentos (transformadores, reguladores de tensão, religadores etc.) até 2024.
5 Garantir a destinação de 100% dos principais componentes da rede para reciclagem ou para sistemas de cadeia reversa até 2024.
Soluções inteligentes: Oferecer soluções para o futuro da energia.
6 Implementar telemedição para 100% dos clientes do Grupo A até 2020.
7 Investir R$ 350 milhões em automação da rede de distribuição até 2024.
8 Atingir 90% de atendimentos pelos canais digitais até 2024.
9 Investir R$ 45 milhões no desenvolvimento de tecnologias de mobilidade elétrica até 2024.
10 Oferecer aos nossos clientes soluções de baixo carbono para a transição energética.
Valor compartilhado: Maximizar nossos impactos positivos na comunidade e na cadeia de valor.
11 Investir R$150 milhões em ações de eficiência energética em hospitais públicos até 2022.
12 Investir R$ 200 milhões em ações de eficiência energética para comunidades de baixa renda até 2024.
13 Maximizar nosso impacto positivo nas comunidades por meio do investimento de R$ 60 milhões em projetos sociais até 2024.
14 Buscar continuamente a melhoria dos indicadores de saúde e segurança, intensificando nossas ações para colaboradores, comunidades e fornecedores.
15 Integrar aspectos de sustentabilidade no processo de monitoramento para 100% dos fornecedores críticos até 2024.
Aquecimento global, seca e desmatamento são fatores de risco para a geração de energia elétrica, mas todos podem colaborar. A seguir algumas dicas de economia:
Chuveiro Elétrico
(responsável por cerca de 25% a 35% do valor da conta)
Em dias quentes use a posição “verão” e consuma cerca de 30% menos.
Quanto mais longo for o banho maior será o valor da sua conta.
Limpe periodicamente os orifícios de saída de água do chuveiro.
Não reaproveite uma resistência usada ou queimada, pois aumenta o consumo e pode coloca-lo em risco.
Geladeira
(responsável por cerca de 25% a 30% do valor da conta)
Instale-a em local bem ventilado, sem encosta-la nas paredes ou móveis, longe de raios solares e fontes de calor, como fogões e estufas.
Nunca utilize a parte traseira da geladeira para secar panos ou roupas.
Degele e limpe a geladeira com frequência.
Mantenha as borrachas de vedação da porta sempre em bom estado.
Evite abrir a porta várias vezes. Guarde ou retire tudo de uma vez.
Não bloqueie a circulação interna de ar frio com prateleiras ou outros materiais.
Lâmpadas (15% a 25% da conta)
(responsável por cerca de 15% a 25% do valor da conta)
Durante o dia sempre aproveite a luz natural (abra janelas e cortinas).
Apague sempre as lâmpadas em ambientes desocupados.
Limpe as lâmpadas e luminárias.
Prefira lâmpadas de LED ou fluorescentes, pois iluminam melhor e ainda consomem menos.
Televisor (6% da conta)
(responsável por cerca de 6% do valor da conta)
Desligue a TV quando ninguém estiver assistindo.
Não deixe o aparelho ligado enquanto estiver dormindo, utilize o desligamento automático.
Escolha televisores mais econômicos.
Televisores mais modernos gastam menos energia.
Ferro elétrico (6% da conta)
(responsável por cerca de 6% do valor da conta)
Ligue o ferro o mínimo de vezes possível. Acumule as roupas e passe-as de uma só vez.
Comece a passar a roupa sempre pelos tecidos que exigem temperaturas mais baixas. Ferros automáticos têm indicadores de temperatura para cada tipo de tecido.
Sempre que você precisar interromper o serviço, não se esqueça de desligar o ferro. Assim, você poupa energia e ainda evita o risco de acidentes.
Máquina de lavar roupa (3% da conta)
(responsável por cerca de 3% do valor da conta)
Procure ligar a máquina só quando ela estiver com a capacidade máxima de roupas indicada pelo fabricante. Isso vai ajudá-lo a economizar energia e água.
Limpe frequentemente o filtro da máquina. Quando entupido, ele passa a exigir mais do motor, aumentando o consumo de energia.
Utilize somente a dosagem correta de sabão indicada pelo fabricante, para que você não tenha que repetir a operação “enxaguar”.
Leia também sobre logística reversa:
No caminho para o futuro, a logística ambiental propõe sintonia entre responsabilidade, economia e sustentabilidade
A crescente escalada do comércio e o consumo desenfreado de bens, que se tornam obsoletos da noite para o dia, levantam questionamentos importantes há tempos. O que fazer com diversos produtos após o seu consumo? Como promover o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental?
De uma forma simples a resposta passa por dois caminhos. Primeiro: reaproveitar materiais que não usaremos mais. Segundo: promover a destinação adequada aos demais itens ou partes que não atendem ao consumo primário.
Ou seja, a solução é colocar de volta à cadeia produtiva, de alguma forma, materiais ou resíduos descartados. Os exemplos olímpicos japoneses são atualíssimos. Medalhas feitas com metais recuperados do lixo eletrônico, camas dos alojamentos dos atletas confeccionadas com papelão reciclado de alta resistência.
Isso também passa por um planejamento meticuloso, por um estudo contínuo das oportunidades de reaproveitamento, recuperação, reprocessamento, e reciclagem de modo a equilibrar a necessidade da extração natural com a possibilidade da redução do desperdício até chegar na eliminação do descarte puro e simples.
As campanhas voltadas ao esclarecimento da sociedade são inúmeras, mas ao mesmo tempo insuficientes. Não adianta mais achar que “alguém defende que todos façam”, muito genérico e pouco responsivo. É hora das nossas empresas assumirem o protagonismo natural do processo e agirem de forma concreta e prática. Vamos ter, de fato, a responsabilidade pela destinação do que produzimos e distribuímos até a fase pós-consumo?
Vamos, na prática, reduzir, reutilizar, repensar, reciclar, peças, componentes, partes e acessórios? Vamos, de verdade, cuidar para que o sistema de logística reversa para itens pós-consumo tenha um sentido além da obrigação dos acordos setoriais impostos pelo governo?
Então, vamos todos aderir à economia circular! Legal, mas é só no powerpoint ou é um pensamento estratégico que começa no projeto das coisas, passa pela evolução da utilização até atingir o estágio final da reinserção do pós-consumo na cadeia produtiva, criando a tal circularidade preconizada por muitos?
Nós, da ADS Logística Ambiental, defendemos uma ação mais prática, mais pragmática:
• Separar antes de descartar, pois material descartado não é “lixo”, chega do “tudo junto e misturado”;
• Descartar de modo limpo e organizado, pois o transporte pode (e deve) ser feito com embalagens retornáveis;
• Destinar conforme a melhor tecnologia, pois apesar de quase tudo poder (por exemplo) ser coprocessado existem outras formas mais inteligentes;
• Documentar e mensurar todas as etapas do processo, pois “só se pode melhorar o que se mede”; e
• Simplificar (principalmente) a parte burocrática da logística ambiental, pois o modelo vigente composto por notas fiscais, autorizações, manifestos, licenças, certificados etc., nos impede de chegar à segunda página!
Quer saber como inserir sua empresa na economia circular de forma sustentável, responsável e inteligente? Pense em como a logística ambiental viabiliza essa transição para o futuro, e fale conosco!
Adalberto Panzan Jr., CEO da ADS Logística Ambiental
adalberto@adslogisticaambiental.com.br
- 1
- 2